Após encontro com a comunidade japa do Rio, Shinzo Abe se transforma em Mario Bros e encanta o Brasil!

Aahhhh... As Olímpiadas do Rio acabaram. A festa de Encerramento foi uma festa! Tóquio irá sediar as próximas Olímpiadas em 2020 e a passagem da bandeira olímpica, conforme manda o protocolo, foi feita pelo prefeito da cidade, Eduardo Paes, à governadora de Tóquio, Yuriko Koike.

A ausência da nossa autoridade máxima, o presidente interino Michel Temer, foi um pouco constrangedora para os chefes de Estado de outros países. Entretanto, não ofuscou, em nada, o brilho dessa festa grandiosa. Muito pelo contrário, tivemos alguns momentos muito empolgantes, bem como a alegria dos atletas.

Podemos destacar, dentre esses momentos, a apresentação feita pelo Japão. Intitulada de “a cereja do bolo” do encerramento das olimpíadas, o Japão trouxe uma amostra super tecnológica do espetáculo que fará ao mundo, nas Olímpiadas de 2020.

O ponto alto deste show, foi a entrada performática do primeiro-ministro do país, Shinzo Abe, ao sair de um bueiro, vestido de Super Mario Bros. Esse chefe de Estado, pouco conhecido até então, roubou a cena na festa do encerramento e mostrou que o japonês sabe brincar e surpreender com atitudes inusitadas. Foi simplesmente, ES-PE-TA-CU-LAR!

Encontro privativo do Premiê com a Comunidade Nipo-brasileira

O premiê japonês surpreendeu em todos os sentidos. A comitiva recusou um convite do Michel Temer, para uma reunião em Brasília, devido aos compromissos que ele já havia firmado. E, pasmem, um desses compromissos era com a comunidade de japoneses do Rio de Janeiro. Ele não foi à Brasília por estar comprometido conosco! Sim, por causa de nós mesmos, “meros mortais” japas que vivemos no Brasil.

Eu e minha família, tivemos o privilégio de estar nesse encontro com o Sr. Shinzo Abe, num hotel no Flamengo, onde, a portas fechadas, ele agradeceu a comunidade nipônica por fazer parte do desenvolvimento do país e encher de orgulho o Japão. Ele fez do encontro, uma oportunidade para nos agradecer. Uma cultura fantástica, um povo agradecido e educado, que reconhece no sacrifício de todo imigrante, a força de trabalho e obstinação em vencer em um país estranho.

Sim, ele veio nos agradecer. Agradeceu ao estaleiro Ishibrás (filial da japonesa Ishikawajima), que se instalou no Brasil no final da década de 50, durante o plano de metas do governo JK. Essa empresa trouxe muitos profissionais que trabalharam na indústria naval e ajudaram no desenvolvimento da cidade.

Agradeceu também, aos agricultores da colônia japonesa do Funchal, em Cachoeiras de Macacu, que se tornaram fornecedores de hortifrutigranjeiros, para todo o Estado. Essa colônia é a mais tradicional do Brasil, onde ainda hoje, encontram-se imigrantes que só falam em japonês e mantêm viva a cultura japonesa, com esportes, festas e cerimônias tradicionais. O cônsul e o príncipe do Japão prestigiam constantemente a colônia, visitando-os.